Nesta semana, a coluna de maior acesso do OA falará sobre o duo Cai Sahra, que tem um pop bem good vibes e conversou com o site a respeito do seu mais novo single “Eu Sei”, com direito a entrevista exclusiva.
Formada pelos cariocas Felipe Ricca e Rodrigo Silvestrini, o duo se conheceu aos 10 anos quando estudavam no Centro Musical Antônio Adolfo, uma escola de música localizada na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Mas foi somente em 2016, com 16 anos, que a dupla começou a trabalharem juntos postando covers no YouTube. A partir daí surge o duo Cai Sahra, cuja a referência vem dos caiçaras, habitantes das regiões litorâneas Sul e Sudeste do País, conforme explicou Felipe.
Esta semana o OA foi até a sede da Universal Music, no Rio de Janeiro, conversar com o duo sobre o mais novo single “Eu Sei”, lançado no último dia 31 de maio e presente na trilha sonora da novela das 21h “A Dona do Pedaço” e a carreira musical da dupla.
OA – Como surgiu a ideia da música “Eu Sei”?
Felipe – “A gente já compôs há um tempo e gostamos muito desta música. Em específico, a história dela é que eu costumo escrever a música no papel à caneta. Eu gosto da moda antiga mesmo. Aí o Rodrigo foi lá na minha casa e viu a letra escrita e falou: “pô, achei essa letra irada e queria musicalizá-la, fazer uma produção musical”. E eu falei: “pô, bora!”. A gente foi pra casa dele, produziu e no dia seguinte já tinha um som pronto. Por isso temos um carinho muito especial, porque essa foi uma dinâmica introrsada de compor.”
OA – O clipe teve cenas gravadas na Zonas Sul e Oeste do Rio de Janeiro. Como foi a escolha da locação?
Felipe – “Eu e Rodrigo moramos na Zona Oeste. E uma das maiores ideias do clipe é passarmos para quem está vendo um pouco do nosso cotidiano, o que costumamos fazer que é compor, produzir, tocar com os nossos amigos, fazer nossos shows e nada é melhor do que fazer isso na locação que vivemos, que é a Zona Oeste. Acho que a escolha do lugar foi justamente pelo fato de morarmos na região e termos um carinho muito especial.”
OA – Como foi a reação de vocês quando souberam que a musica tava em “A Dona do Pedaço”, atual novela das 21h?
Rodrigo – “Indescritível! Nós ficamos muito felizes só de pensar que estar em uma novela das nove, assistida por milhões de pessoas. Uma novela do Walcyr Carrasco, que é um cara super respeitado, foi só animação e gratidão de poder saber que nosso filho, assim como todas as nossas músicas, está aí compartilhada para milhões de pessoas que assistem a Globo e é isso, é muita animação.”
Felipe – “Não tem artista que não fique extremamente feliz, não importa o tamanho de estar em uma novela das nove ainda, é uma gratidão imensa e todo artista gostaria de estar. Nunca imaginamos que isso fosse acontecer e foi uma euforia.”
OA – Vocês foram cridos no meio artístico. E até que ponto isso influenciou a carreira de vocês?
Felipe – “Tanto os meus pais [Felipe é filho dos atores Marco Ricca e Adriana Esteves] como os pais do Rodrigo [filho do diretor da TV Globo Paulo Silvestrini, responsável por dirigir sucessos como “Malhação – Viva A Diferença”] todos trabalham no meio artístico e não tem como não se influenciar. Até brinco porque é muito recorrente todo filho aderir a profissão do pai porque o pai é um espelho pro filho e nós não aderimos a mesma profissão, mas estamos no meio artístico.”
OA – Quais são as suas inspirações?
Rodrigo – “Somos influenciados por artistas que estão colocando o seu trabalho na pista. Gostamos muito da ideia de inovação e experimentação e conversar o que os artistas novos trazem. Também não tem como ser influenciado por grandes nomes. Acho que diria nacional Los Hermanos, Djavan, que é um cara que a gente respeita muito. Da nova escola é o Tiago Iorc, que admiramos muito. Ouvimos também muito som da gringa, principalmente Estados Unidos. Grandes nomes do pop como Ed Sheeran, Shawn Mendes, Drake. Nós somos muito ecléticos.”
OA – Vocês começaram fazendo covers na internet. E dentro disso, teve algum cover que mais marcou vocês?
Rodrigo – “Acho que as primeiras postagens foram autoriais. Mas logo depois engatamos uma série de covers, de muitas que nós ouvíamos no repeat.”
Felipe – “Acho que os nossos covers sempre foram muito naturais. Eram normalmente momentos em que estávamos tocando e gravávamos uns vídeos e queríamos compartilhar aquilo com os nossos fãs e com as pessoas que seguimos. Não foi uma coisa muito “vamos fazer um cover”. Mas acho que assim, tem sons como os covers do Lagum, que curtimos muito e que tem um trabalho incrível e cada vez curtimos mais.”
Rodrigo – “Acho que era uma forma de mostrar para as pessoas que nos acompanhavam o que a gente ouve também. O que nos inspirávamos a compor. Acho que isso estreita os laços de uma forma especial.”
Felipe – “Mas o que a gente gosta é de compor e fazer os nossos sons autoriais. O foco do Cai Sahra é o nosso som autoral mesmo.”