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Entrevista – Simão fala sobre o seu lançamento acústico em parcerias com Atitude 67 e Vitor Kley

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No último dia 28 de janeiro, o Simão lançou o EP “(tipo) Acústico”, em que encerra o ciclo dos primeiros lançamentos profissionais do cantor.

Com isso, o cantor de Santa Catarina, que atua de forma independente, conversou conosco para falar sobre o projeto, com ênfase as parcerias, que tem uma que até está relacionada com a sua formação em arquiteto, a sua carreira e os desafios que enfrenta com a pandemia, já que isso acabou mudando o lançamento de seu primeiro EP profissional.

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OA – Como surgiu a ideia de realizar o EP?

Simão – “A ideia surgiu basicamente de eu ter lançado as minhas quatro primeiras músicas no meio da pandemia. Com isso, você fica refém somente de números de internet e não consegue ter o feedback do público ao vivo, que é o que mais toca um artista, de conseguir escutar as pessoas cantando a sua música. Então, eu quis pegar essas músicas e usar um pouquinho mais dela e lançar nas versões acústicas. Só que ficou mais que um projeto só acústico, do que repetir com carrão e elementos acústicos assim. Ele avançou um pouco e virou uns arranjos diferentes. Foi uma experiência muito legal.”

OA – O EP ainda veio acompanhado de um show intimista. Como foi essa produção?

Simão – “Eu quis nesse trabalho mostrar um lado músico do Simão, por ter até uma dificuldade de fazer aquilo. Como é um plano-sequência, com métodos ao vivo, que só foi regravado os violões, você não pode errar. Os erros ocorrem, mas você tem que acertar a música inteira ali. Então, tem o interesse lá do Simão que é músico e gosta de música e ama isso. É muito legal poder traduzir isso em audiovisual, diferentes de clipes que lancei em que gravava no estúdio e a pessoa que vê não acabava sabendo o que rolou, como é que foi a gravação. Nesse não, está tudo ali, do jeito que foi captada. Surgiu dessa ideia assim de querer mostrar o lado músico do Simão.”

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OA – O EP conta com quatro faixas, sendo duas compostas com o grupo Atitude 67. Como foi esse processo de seleção?

Simão – “Na realidade tem duas parcerias: uma com a Atitude 67 (“Te Arquitetei”) e a outra com o Vitor Kley (“Sugestões”). Foi bem tranquilo, eu lembro que o GP tinha me mandado uma harmonia, e ele arquiteto, formado em arquitetura, e eu também sou, e falou: ‘velho, vamos escrever uma coisa sobre arquitetura, o que é que a gente ama e o que une a gente também, além da música’. Daí, eu comecei a pirar com esse lance do Oscar Niemayer, em que fazia tudo em curvas, inspirada nas curvas das mulheres e das montanhas de Minas [Gerais], aí saiu a ideia da brincadeira de fazer analogia com o Oscar. E o resultado ficou legal e eu sempre gosto de mostrar para as pessoas as músicas, principalmente pros amigos mais próximos. E todo mundo adorava essa música, foi uma pré-seleção.

Enquanto a outra parceria que foi com o Vitor, eu tinha “Sugestões” pronta, só que ainda faltava um “tchan” do refrão. Aí, ele foi o fio da meada que completou a música nesse parceria. São dois grandes amigos. São pessoas que são quase os meus padrinhos, meus professores. Então, isso é muito bom, é bem leve, é uma amizade bem massa.”

OA – Você conseguiu lançar um EP, de forma independente, em meio ao momento em que estamos vivendo. Com isso, pergunto: quais foram as dificuldades pra você, como artista independente, em meio a esse momento?

Simão – “É bem difícil, porque um artista independente, a maior fonte de renda dele é o show. É dali que vem a receita para se pagar tudo, assim como em qualquer empresa. Música é muita arte e ao mesmo tempo tem o lado business. Então, o fato de não ter show tem dois motivos ruins: o lado financeiro e o lado emocional do artista, de poder ouvir a galera cantando, vendo se está legal as músicas ou se não tá, e a galera te elogiando depois dizendo que gostou e seguem nas redes sociais, é uma coisa muito intensa e que dá muita falta. Mas o fato de ser independente, o lado bom disso é poder ter a possibilidade de fazer as coisas do jeito que ‘tu’ quer e que ‘tu’ acredita, e não ter que ter aprovação de outras pessoas e entrar em discussão. A gente erra, a gente acerta, mas a gente vai aprendendo assim e com uma liberdade muito massa, que é o que acho que todo artista deve ter, de expressar a vontade dele. Porque querendo ou não, é ele que tá ali, é a imagem dele que vai tá ali. Então, a verdade tem sempre que prevalecer.”

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OA – Você está lançando agora o seu primeiro trabalho de forma profissional. Com isso, pergunto: como foi a sua carreira até aqui?

Simão – “O nosso trabalho na realidade começou em maio do ano passado, quando a gente lançou “Seu Nome” e essas quatro músicas em versões de estúdio. Esse projeto agora, que é diferente pelo fato de ser o audiovisual meio que com ao vivo, basicamente. Isso é uma coisa bem diferente na carreira, é a primeira vez que faço isso, até por ter uma carreira curta. Tem nem um ano ainda. Isso digo de lançamento, de estrada estou desde 2018 tocando em bares, botecos e tudo que tem, foi um ano bem legal fazendo isso. Em 2019, vi que só não dava mais para tocar voz e violão e já montei uma banda e a gente optou por só ficar assim. A gente almejou coisas muito legais, como tocar em Curitiba uma vez por mês. Eu sou de Santa Catarina, então, é uma capital de outro estado. Tocar aqui no litoral catarinense em quase todos as cidades, e ter um nomezinho na região. Aí em 2020, foi quando a gente falou que tem que começar a trabalhar com músicas autorais e lançar e tudo mais. Aí a coisa ficou mais séria. A gente não contava com a pandemia, mas enfim, era para ser, era para eu lançar pro mundo essas músicas.”

OA – Dessa nova fase aqui, o que você ainda tem como meta em fazer?

Simão – “Eu não tenho bem uma meta assim específica do que eu quero. Eu tenho um sonho muito grande, que é o meu maior sonho, que é de levar a minha mensagem e tocar as pessoas, ainda mais música sendo um negócio tão místico do jeito que é, que ajuda tantas pessoas. Meu sonho é levar ao máximo de pessoas possíveis as minhas músicas e elas se toquem e que mudem a vida dela de alguma forma pra melhor. Tendo isso, serei um cara realizado na vida. Mas, dentre isso o que falei, acho que vira como meta sim, o cara ter que lançar um projeto desse e falar assim: “tomara que alguém, sei lá, nem se incentive a tocar violão ou que queira cantar”. Incentive as pessoas a fazer isso, a fazer música, ou que alegre a pessoa quando tiver em um momento triste e ela escute e fala: “isso aqui está me ajudando”. Isso é o prazer de um músico. Beleza ter o reconhecimento em números, mas acho que a parada do ser humano está além disso, sempre prezo muito por isso. Essa é a meta.

OA – Quais são os seus projetos futuros?

Simão – “A gente tem muitas músicas para serem lançadas. Sou um cara que gosta muito de escrever. Sempre estou com os amigos escrevendo. Por exemplo, agora recebi Lavy, que é uma amiga minha que também é cantora e a gente já estava escrevendo uns negócios pelo WhatsApp. Então, tem bastante coisa para lançar. A gente vai ter uma gama de lançamentos intensos esse ano. Várias músicas, músicas que fiz sozinho, músicas que fiz em parcerias e estou com ideias bem legais. Eu sou um cara que as vezes mudo no meio do caminho as ideias, mas o planejamento está feito. Vão ser músicas que com certeza vão chegar em muitas pessoas de uma forma alegre.

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