No próximo dia 05 de janeiro, estreia o aguardada nova versão de “Rebelde”, desta vez feita pela Netflix e que irá mesclar com o passado da versão mexicana. A história tem como objetivo a busca dos alunos para fazer parte do programa de música do Elite Way School e vencer a Batalha das Bandas para se tornarem estrelas da música igual ao RBD.
A adaptação do streaming nada mais é do que uma nova geração da icônica novela feita pela Televisa misturada com os temas e a tecnologia de hoje. Essa junção segue a tendência de relembrar os anos 2000 e trazer um conforto para quem assistiu a novela enquanto criança, um exemplo disso está na reaparição de Celina (Estefanía Villarreal) como diretora do Elite Way e a conexão que a história tem com a Família Colucci e até com a Pílar Gandia da versão de 2005. Ao final, tentam conquistar o mesmo público e a nova geração.
Nesta história, os novos integrantes do colégio vem de diversos países do continente americano, como é o caso do Luka (Franko Masini) que é da Argentina, a californiana MJ (Andrea Chaparro) e o colombiano Dixon (Jeronimo Cantillo). O Brasil também segue representado com a bolsista Emília, interpretada pela Giovanna Grigio, que tem um destaque importante nos dois primeiros episódios nos quais tivemos acesso.
Aliás, a Emília mostra que a história de “Rebelde” evoluiu conforme a sociedade, já que a influenciadora digital se apaixona pela Andi (Lizeth Selene). Outros pontos relacionados a isso estão no Luka, que é homossexual e não lida bem com a sua sexualidade, e a participação da atriz transexual Karla Sofia Gascón. O fato é que fazer uma adaptação para jovens sem tocar em questões LGBTQIA+ não há mais como foi em 2005.
Além da orientação sexual, o destaque desta versão estará na ousadia e liberdade que história poderá ter em relação as demais adaptações, já que foram feitas para TV aberta e com foco em um público mais infanto-juvenil.
Essa pluralidade em que há na produção condiz muito com a juventude de hoje, que em sua grande parte está aberta a ouvir e respeitar a diferença. Soa até provocador trazer esses temas para esta história, cuja a última adaptação foi a brasileira feita lá em 2011, que já tinha avanços na sociedade a estes temas em relação a de 2005, porém isso nunca chegou na teledramaturgia da Record TV, mesmo em um período sem a interferência da Christiane Cardoso.
Um ponto que é bom em ficar atendo é ver como a linguagem de “Rebelde” se encaixará em formato de série, já que as demais seguiram a narrativa de novela. Para os mais jovens, acostumados em assistirem mais séries, pode não soar estranho. Porém, para quem viu as demais adaptações e é um consumidor de telenovela, poderá acabar causando uma certa estranheza.
Sobre a parte musical, a nova banda tem um potencial para ser um sucesso e mostra uma boa escolha dos atores, que tenta conquistar a audiência do passado com um cover de “Rebelde” lá do RBD. Se repetirá o mesmo êxito do RBD e até mesmo da Rebeldes, isso só o tempo dirá.