Em depoimento, ex-assessor do vereador bolsonarista Gabriel Monteiro disse que os funcionários eram obrigados pelo vereador a se masturbarem coletivamente. A informação é do jornalista Renan Brites, da Globo News.
O processo do Conselho de Ética da Câmara do Rio pode cassar o vereador, que é do partido do presidente Jair Bolsonaro.
Ex-funcionária confirma assédio sexual
A ex-funcionária do vereador Gabriel Monteiro, Luiza Caroline Bezerra Batista prestou depoimento ontem (31) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro em processo ético disciplinar que investiga o vereador, ex-policial militar e youtuber por quebra de decoro parlamentar.
“A testemunha relatou diversos casos de assédio moral no início, que foram aumentando até um assédio sexual. Ela não trouxe nenhum fato novo em relação ao que já tinha sido contado anteriormente em depoimento à polícia, relacionando tudo aquilo que era feito”, disse o presidente do Conselho de Ética, vereador Alexandre Isquierdo (União).
Testemunha pede mais segurança
Testemunha do caso envolvendo as denúncias de assédio sexual e moral contra o vereador Gabriel Monteiro, o ex-assessor parlamentar Heitor Monteiro, de 21 anos, disse ao Estadão que pretende solicitar reforço na segurança após a morte de Vinícius Hayden Witeze, em um acidente na estrada na Região Serrana fluminense: “Estou correndo perigo”
Os dois foram os primeiros depoentes ouvidos pelo Conselho de Ética da Câmara Municipal no processo de quebra de decoro do parlamentar. Os depoimentos foram prestados três dias antes de Witeze capotar com o carro que dirigia, na noite de sábado, 28. O ex-assessor morreu no local da capotagem, de traumatismo craniano.
Heitor Monteiro editava vídeos do ex-PM e youtuber, enquanto trabalhava no gabinete do vereador. Após as primeiras denúncias contra o parlamentar, ele procurou a polícia onde relatou supostos casos de assédio sexual e moral por parte de Gabriel.
O ex-funcionário também revelou supostas orientações para manipulação dos vídeos que o parlamentar publica em seu canal no YouTube. Gabriel Monteiro nega as acusações, atribuindo-as a questões políticas.