
Reluz no orún
Abençoado por Obatalá
Predestinado e forte é Doum
Brincando afasta o medo
No vira, desvira a emoção
Livra os irmãos da exclusão e dor
Amor que brota no Ayê, Ayê
O cacheado é a coroa da princesa
Toda beleza e doçura de amora
Sorriso, morada dos ancestrais
Evoca os orixás, axé
Bate o tambor, bate tambor pro erê
Sacode o Canjerê, é festa no terreiro
Tem brincadeira, bolo e guaraná
No toque do Adjá é samba mandingueiro
O doce encontro, magia e pureza, sublime união
Um raio de sol, “mil tons” de esperança, a transformação
Nasce no peito a coragem que já foi semente
Lutando nas ruas de um jeito inocente
São pérolas negras, retinta raiz
Cria de um quilombo tem a força do guerreiro
Punho cerrado contra todo preconceito
Baobá, teu legado é imortal
E da sabedoria das cirandas
Um brado ecoou
Ôôô
Igualdade
A Ilha é a voz do povo preto
Num canto por justiça e respeito