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Crítica – ‘Wasp Network – Prisioneiros da Guerra Fria’ tinha de tudo para ser um filme empolgante, porém não consegue

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Baseado em uma história real, “Wasp Network – Prisioneiros da Guerra Fria” tem como o seu ponto de partida a ida do cubano René González (Édgar Ramírez), que vai para os Estados Unidos e acaba se infiltrando em grupos terroristas americanos com o foco de acabar com o sistema comunista de Cuba.

À primeira vista, é um tema que chama atenção, já que está apegado a um ao ápice do conflito entre a maior potência do mundo com o seu rival governado na época por Fidel Castro. Porém, o enredo acaba se desgastando antes da metade devido a forma em que é contada, com um tom mais didático que busca explicar a história e o drama pessoal dos personagens ao longo da década de 1990, como Olga Gonzalez (Penélope Cruz), que no filme não tem um papel que a faça ter um destaque como é.

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Penélope Cruz: personagem não tem o destaque a sua altura. Foto: Divulgação/Netflix

Por um longo tempo, sua história é deixada de lado para focar em temas que, apesar de ser pra construção humana do enredo, o faz perder o fôlego. Junto com esses dilemas, são incorpor ados questões como o sonho de um latino de ser ilegal nos EUA e de quem foge de Cuba pelo mar para o seu país rival, contudo, o que poderia ter sido bem explorado e aprofundado, acaba não tendo muito significado e só serve para preencher o tempo da produção.

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Junto a isso, há outros momentos em que o longa dirigido por Olivier Assayas acaba acrescendo em nada na história ou então não rendem explicações suficientes a ponto de terem sido retratados naquele que é uma questão política até os dias atuais, já que Cuba e Estados Unidos, por mais que há uma aproximação melhor do que na época em que “Wasp Network – Prisioneiros da Guerra Fria” é ambientado (na década de 90), ainda há conflitos.

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Talvez se fosse uma história mais curta e que deixasse o foco somente na guerra política com um pouco dessas questões dos personagens, o filme poderia ser mais empolgante e dar até mais destaque aos atores. Chegando na parte da atuação, os intérpretes conseguem dar uma boa encenação.

Wagner Moura chega em alguns momentos lembrar a sua atuação como Pablo Escobar em “Narcos”, porém seu Juan Pablo Roque com certeza não deverá entrar em seu roll. Assim como a já citada Penélope Cruz, Ana de Armas que assume a dobradinha com o ator brasileiro assim como em “Sérgio“, também não vive o seu papel de destaque.

Diferentemente dos citados, o Édgar Ramírez consegue ter um papel de destaque ao mostrar o seu dilema de “pai-herói” e também de “revolucionário capitalista”. Seu personagem vai crescendo e a sua atuação consegue manter o ritmo.

O filme já está disponível na Netflix.

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