Vai começar o itan de Oxalá
Segue o cortejo funfun ao Senhor de Ifón, Babá
Orinxalá, destina seu caminhar
Ao reino do quarto Alafin de Oyó
Alá, majestoso em branco marfim
Consulta o Ifá e assim
No Odú, o presságio cruel
Negando a palavra do babalaô
Soberano em seu trono, o senhor
Vê o doce se tornar o fel
Ofereça pra Exú… um ebó vai proteger
Penitência de Exú, não se deixa arrefecer
Ele rompe o silêncio com a sua gargalhada
É cancela fechada, é o fardo de dever
Mas o dono do caminho não abranda
Foi vinho de palma, dendê e carvã o
Sabão da costa pra lavar demanda
E a montaria o leva à prisão
O povo adoeceu, tristeza perdurou
Nos sete anos de solidão
Justiça maior é de meu Pai Xangô
Traz água fresca pra justiça verdadeira
(Meu Pai Xangô mora no alto da pedreira)
Preceito Nagô a purificar
Desata o nó que ninguém pode amarrar
Transborda axé no Ibá e na quartinha
Pra firmar tem acaçá, ebô e ladainha
Oní sáà wúre! Awure awure!
Quem governa esse terreiro ostenta seu adê
Ijexá ao pai de todos os oris
Rufam atabaques da Imperatriz