Eiêô! Kaô kabesilê babá obá!
Couraça de fogo no orô do velho ajapá
A raça do povo do Alafin, e arde em mim
Rubro ventre de Oyó
Na escuridão, nunca andarei só
Vovó dizia: sangue de preto é mais forte que a travessia!
Saudade, que invade! Foi maré em tempestade
Sopra a ancestralidade no mar (ê rainha)
Preceito é herança sem martírio
Airá guarda seus filhos no ilê da barroquinha
É a semente que a fé germinou, iyá adetá
O fruto que o axé cultivou, iyá akalá
Yiá nassô, ê babá assika
Yiá nassô, ê babá assika
Vou voltar mainha, eu vou
Vou voltar mainha, chore não
Que lá na Bahia
Xangô fez revolução
Oxê… a defesa da alma na palma da mão
No clã de Obatossi, há bravura de Oxossi no meu panteão
É d’Oxum o acalanto que guarda o otá
Do velho engenho, xirê que mantenho no meu caminhar
Toca o adarrum que meu orixá responde
Olorum, guia o boi vermelho seja onde for
Gira saia aiabá, traz as águas de Oxalá
Justiça de agodô, tambor guerreiro firma o alujá
Awurê Obá Kaô! Awurê Obá Kaô!
Vila Vintém é terra de macumbeiro!
No meu Egbé, governado por mulher…
Iyá Nassô é Rainha do Candomblé!