[Intro]
Algo entre o cheiro do mar
E da casa de alguém que eu já fui
Entre a timidez e o escancarado
Entre o mistério do abstrato
E as retas perfeitas de um quadrado
[Verso 1]
Algo entre o cheiro do mar
E da casa de alguém que eu já fui
Entre a timidez e o escancarado
Entre o mistério do abstrato
E as retas perfeitas de um quadrado
Você permeia o que eu quero e o que eu fujo
Encontro da coragem com o medo de viver
Alеrta de perigo num lugar seguro
Um navio ancorado no ar
Um navio ancorado no ar
[Falado: Vitória]
A gеnte tá sempre, de alguma maneira, buscando um lugar pra ir numa atenção ao próximo passo
Acho que as esquinas, ou a esquina, tá nesse olhar pra frente, ou pra trás também
A dúvida do que poderia ter sido o todo, que envolve uma escolha, né?
E o que faz o agora e o próximo momento depois dele também
[Verso 2]
Não é passado, mas também não é futuro
A linha que divide a terra ao meio
O quase das nossas bocas que antecede um beijo
Tudo que não se pode ver de um corpo no espelho
Eu mato a culpa, você salva o desejo
Uma aliança, um compromisso, é a nossa bandeira
[Verso 3]
Viver você, revela o que eu escondo em mim
Embora é trinta, guardo tudo aqui
Nas pausas, nas suspeitas, entre linhas
Covardia é minha fraqueza
E ver você me fragmenta (Fragmenta)
Espalha as cartas (Espalha as cartas)
Expõe o óbvio (Expõe o óbvio)
Meus dois caminhos
Agora soltos
Num navio ancorado no ar
Num navio ancorado no ar
[Ponte]
Eu mato a culpa, você salva o desejo
A noite linda, as estrelas
Gelado do pacífico
Eu mato a culpa
Se tivesse o seu nome
[Saída: Vitória]
Não sei se só gostei de
De pensar nessa imagem
E ficar
Sem escolher nada um pouco
Só