Oyá, oyá, oyá eô!
Ê, matamba, dona da minha nação
Filha do amanhecer, carregada no dendê
Sou eu a flecha da evolução
Sou eu, Mangueira, a flecha da evolução
Levo a cor, meu ilu é o tambor
Que tremeu Salvador, Bahia
Áfricas que recriei
Resistir é lei, arte é rebeldia
Coroada pelos cucumbis
Do quilombo às embaixadas
Com ganzás e xequerês, fundei o meu país
Pelo som dos atabaques canta meu país
Traz o padê de Exu
Pra mamãe Oxum tocar o ijexá
Rua dos afoxés
Voz dos candomblés, xirê de orixá
Deusa do ilê aiye, do gueto
Meu cabelo black, negão, coroa de preto
Não foi em vão a luta de Catendê
Sonho badauê, revolução didá
Candace de Olodum, sou debalê de Ogum
Filhos de Gandhi, paz de Oxalá
Quando a alegria invade o Pelô
É carnaval, na pele o swing da cor
O meu timbau é força e poder
Por cada mulher de arerê
Liberta o batuque do canjerê
Eparrey oya! Eparrey mainha!
Quando o verde encontra o rosa, toda preta é rainha
O samba foi morar onde o Rio é mais baiano
O samba foi morar onde o Rio é mais baiano
Reina a ginga de iaiá na ladeira
No ilê de Tia Fé, axé Mangueira!
Clica aqui e saiba mais do Carnaval 2023.