Você conhece bem o meu Ilê
Onde mora todo axé
E os preceitos de Olorum
Quem segue as ordens de Olodumarê
Que governa Orum e Ayê
Tem bastia de Exu
Irmão de Ogum, meu pai maior, major dos Orixás
Quando a flecha acerta a paz
É Oxóssi quem atira
Salve o velho! Atotô!
Baixou na gira, cangira de agogô!
É minha gira!
Quina erva no pilão Ewê Ewê
Na infinita imensidão… Oxumarê
Onde me faltar justiça
Que Xangô seja juíz
Pra lembrar que a Serrinha é resistência na matriz
Mamãe Oxum derrame seu poder nesse altar
Meu povo é rebeldia de Obá
É força e ventania de Iansã
Rompeu manhã o sol resplandeceu Logunedé
Ewá, do meu feitiço guardiã
Caminho nos saberes de Nanã
Yemanjá sereia! Mãe de todos os Oris
Quem inveja a vitória não enxerga cicatriz
Sob os olhos de Oxalá
Verde branco no Ejé
Assentei em Madureira todo amor do Candomblé
Awá o soro Ilê, Awá o soro Ilê
Atabaque pro Alabê, é Xirê pra Orixá
Pela fé que atravessa as revoltas do oceano
Respeite o Império Serrano!