É valente esse povo do Nordeste
Independência é verdade ou ilusão?
De pé descalço eu percorro o meu agreste
Que faz do arado a riqueza do seu chão
O Sol que queima traz a força e a coragem
A fortaleza desse solo varonil
“Muié rendeira tu me ensina fazer renda”
É Asa Branca o hino de um povo gentil
Êêêê cabra da peste sou cangaceiro
Sob a luz do meu sertão
Fiz do cordel um lindo conto arretado
Sanfoneiro da alegria, presidente é Gonzagão
Imagine minha gente
O meu Nordeste hoje é uma nação
Nossa iguaria se tornando cobiçada, produto tipo exportação…
Feito repente eternizo o meu legado
Com Vitalino fiz do barro a tradição
O meu herói Virgulino é questionado
Pra muitos, eterno vilão
“Ô seu minino” vem pra cá forrozear
Se tem xaxado, também tem arrasta pé
Gente festeira que não perde a esperança
Oh “Padim Ciço” ilumina minha fé
Do meu sonho acordei
Minha terra, meu lugar, que não precisa do Brasil se separar
Nesse cortejo eu festejo a noite inteira
Com a Dom Bosco… “Pra mode” a gente prosear