
O Conselho de Sentença do 4º Tribunal do Juri do Rio de Janeiro condenou nesta quinta (31/10) os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Réus confessos, eles foram sentenciados após 2.423 dias do crime.
Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio teve a sentença de 59 anos e 8 meses.
Lendo o documento da sentença final, a juíza afirmou que a brutalidade do assassinatos de Marielle e Anderson deixa um buraco na sociedade. “A sentença não responde a pergunta que ecoou: Quem mandou matar Marielle Franco?”, afirmou, reforçando que a justiça, por vezes, é cega, injusta e errada, mas que ela chega para todos.
O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a condenação máxima para os réus, 84 anos de prisão.
Os assassinos confessos estão presos desde março de 2019 e foram ouvidos por videoconferência. Lessa está na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo, enquanto Queiroz está no Centro de Inclusão e Reabilitação, em Brasília.
Nove testemunhas foram ouvidas, sendo sete indicadas pela acusação e duas indicadas pela defesa de Ronnie Lessa. A mãe da vereadora, Marinete da Silva, e a viúva, Mônica Benício, estão na lista de testemunhas. Ágatha Reis, viúva de Anderson, também falaram. Um agente federal e o delegado da Polícia Federal Guilhermo Catramby foram as testemunhas do ex-PM.