O filme de ficção científica baseado em teorias quânticas não passa de uma mega produção com um roteiro mal desenvolvido e personagens apáticos.
Ao ver os filmes de Nolan podemos perceber a grande capacidade do diretor de mexer com nossas mentes e aprisionar nossos olhares, assim fez em “Interestelar”, “A origem” e “Dunkirk”, mas “Tenet” é completamente o oposto. Com a premissa de produzir um filme que fala sobre a reversão do tempo, Nolan, falha quase que completamente em passar a mensagem ao telespectador, o deixando totalmente confuso e o forçando a assistir mais de uma vez à película caso queira desvendar o que esta sendo retratado.
Com uma narrativa muito complexa e confusa para o publico entender, Nolan deixa o filme longo e exaustivo pra qualquer um que assista, e faz uso de extensas cenas de ação para tirar o foco da pobreza dos diálogos.
Em “Tenet” reversão do tempo funciona com o poder de inverter a entropia de objetos ou até de pessoas – o que significa, na narrativa, que eles passam a existir de trás para a frente, do futuro para o passado. Mas o filme te explica com termos leigos que soa como uma aula chata de física. resumidamente falando, no filme enquanto um objeto esta indo para frente você pode ver o outro voltando no tempo. Não é sobre ir para o passado longínquo ou para um futuro distante.
“Tenet” conta a história de um agente da CIA chamado “O Protagonista” , que é recrutado por uma organização misteriosa chamada Tenet, para participar de uma missão de escala global. Eles precisam impedir que Andrei Sator (Kenneth Branagh), um renegado oligarca russo com meios de se comunicar com o futuro, inicie a Terceira Guerra Mundial. A organização está em posse de uma arma de fogo que consegue fazer o tempo correr ao contrário, acreditando que o objeto veio do futuro. Com essa habilidade em mãos, O Protagonista precisará usá-la como forma de se opor à ameaça que está por vir, impedindo que os planos de Sator se concretizem.
Com um elenco carregadíssimo encabeçado por John David Washington (“Infiltrado na Klan”), Robert Pattinson (nosso futuro Batman), Elizabeth Debicki (“O Grande Gatsby”) e outros artistas brilhantes.
As cenas de ação carregadas, as perseguições de carros, combates e tiroteios continuam sendo a especialidade do diretor, sem dúvida nenhuma. Seus meios de produção são espetaculares, assim como em seus projetos passados, que Nolan procura a maior porcentagem de originalidade em suas cenas.
Mas um de seus muitos pontos negativos é a falta de conectividade do publico com os personagens, que embarcam numa missão sem nenhum motivo aparente, onde o mesmo nem sequer sabe o por que esta lá. O que dificulta mais ainda para quem esta assistindo de criar qualquer tipo de conexão com o personagem.