Cultura

Mesmo com Chuva, Parada LGBTI+ do Rio reúne 800 mil pessoas com shows de Lexa e Pabllo Vittar

Foto: Fernando Machado
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No último domingo (22), rolou a 24ª edição da Parada LGBT de Copacabana com o tema “Pela democracia, liberdade e direitos: ontem, hoje e sempre”. Durante quase seis horas e embaixo de chuva que variava de fraca a forte, oito trios desfilaram pela Av. Atlântica mostrando toda diversidade que há no Rio de Janeiro. O OA esteve lá e conta agora tudinho que rolou.

Antes de iniciarmos, houve uma coletiva de imprensa em um hotel bem famoso. Atores como Luis Lobianco, Rosane Goffman, personalidades políticas como deputado federal David Miranda e o deputado estadual Carlos Minc e a cantora Jane Di Castro participaram mostrando os seus engajamentos e as suas manifestações políticas.

“Nós temos um governador que brinca de tiro ao alvo. Ele acha que o Rio de Janeiro é uma tela de computador com um jogo para brincar de atirar. O governador precisa de seriedade. O governador tem que governar para todo mundo. Ele não pode tratar alguns com direitos e outros como lixo. O que está acontecendo no Rio de Janeiro é um genocídio gravíssimo contra a comunidade de favela e a comunidade negra”, disse Claudio Nascimento. “Nós temos um governador que brinca de tiro ao alvo. Ele acha que o Rio de Janeiro é uma tela de computador com um jogo para brincar de atirar. O governador precisa de seriedade. O governador tem que governar para todo mundo. Ele não pode tratar alguns com direitos e outros como lixo. O que está acontecendo no Rio de Janeiro é um genocídio gravíssimo contra a comunidade de favela e a comunidade negra”, disse Claudio Nascimento, coordenador do grupo Arco-Íris e um dos organizadores da parada.

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Na mesma fala, Cláudio ainda foram lembrados o jovem Yuri Pietrro, um dos organizadores da Parada LGBT de Bangu, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e a menina Ágatha Félix, de apenas 8 anos de idade e que foi assassinada por um tiro de fuzil disparado de um PM.

Durante a coletiva, foi levantada uma placa de rua em homenagem a Marielle Franco nas cores da bandeira LGBT. #MariellePresente

Foto: Fernando Machado – Oniverso Abominável

Ainda no âmbito da política, o OA falou com a deputada Talíria Peroni, deputada federal pelo PSOL e uma das grandes amigas da Marielle: “a gente está vivendo um momento grave no Brasil, onde se rompe o movimento da democracia. Não dá para aceitar censura ao nosso modo de ser e de amar. Amar é lindo, amar é potente, amar é revolucionário”.

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Foto: Fernando Machado – Oniverso Abominável

Oito trios desfilaram em baixo de bastante chuva, mas nada que desanimasse o público. No primeiro trio, discursaram políticos e ativistas LGBTs, além da Jane Di Castro cantando o hino nacional em ritmo de samba. Tradição da parada do Rio, uma bandeira LGBT de cerca de 120 metros foi levantada na multidão.

O OA ainda falou com o Emanuel Jacobina, o autor da atual temporada de “Malhação”, que falou sobre a importância da Parada LGBT: “Acho que é importante a gente se conscientizar de que a liberdade é a maior conquista que nós vivemos nos últimos 30 anos no Brasil. Então, essa liberdade é a liberdade das pessoas poderem ter a orientação sexual que quiserem, poderem ser felizes da maneira que elas escolherem ser feliz. Não é porque a gente não gosta de Jiló, que a gente xinga o jiló, que a gente proíbe o jiló, que a gente bate no jiló. Se a gente não gosta, não come!”

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Shows da Parada

Além da performance da Jane Di Castro, a parada contou com diversas manifestações artísticas, como a do Coletivo Transparente do Niterói-RJ, que encenou a revolta de Stonewall e a primeira Parada LGBT realizada em 1993.

Um dos trios mais esperados do evento com certeza foi o da Buser em parceria com o Portal Popline, em que teve shows da Pabllo Vittar e da Lexa. Ambos arrasaram cantando os seus maiores hits e ainda colocaram a multidão para pular no meio da chuva. Quem pode, pode né?

Foto: Gustavo Bresciani – Portal Popline
Foto: Gustavo Bresciani – Portal Popline

O OA também conseguiu registros da Pabllo Vittar nos bastidores!

A cantora estava se preparando para deixar o hotel rumo ao trio. Podemos ver que ela estava bastante calma.

Foto: Fernando Machado – Oniverso Abominável
Foto: Fernando Machado – Oniverso Abominável

Outro trio que teve bastante repercussão foi o Agito Carioca, da Pink Flamingo em parceria com a Universal Music e que contou com Clau, Gabily, Brunelli, MC Rebecca, As Bahias e a Cozinha Mineira, Carol Biazin e Day. (Aproveitando: há entrevistas exclusivas com a Clau e a Carol Biazin para o OA).

“A gente não está aqui para ofender ninguém, só querermos ser nós mesmo. Amar quem a gente quiser amar, sem preconceito, sem julgamento. As pessoas tem que parar de achar que o fato de você ser diferente de alguém te coloca numa melhor posição.” – disse a cantora Amanda, que se apresentou no último trio junto com a Cariucha.

Ao final, o Cláudio Nascimento analisou a Parada: “Hoje foi um dia histórico! Começamos a Parada, em 1995 com apenas 18 pessoas, hoje somos 800 mil pessoas aqui lutando por nosso direito de existir. A população LGBTI+ já teve algumas conquistas, como o casamento LGBTI, direito à identidade de gênero e alteração do nome para travestis e transexuais e, recentemente, a equiparação do crime lgbtifobia ao racismo. Apesar disso, o Congresso Nacional se mantém omisso diante dos nossos direitos e as políticas públicas para o enfrentamento da discriminação e violência ainda são frágeis e incipientes”.

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