No último domingo (22), rolou a 23º edição da Parada do Orgulho LGBT em São Paulo, que teve como tema os 50 anos da Revolução de Stonewall. Foram 19 trios durante aproximadamente oito horas de duração. O OA estava lá na e conta agora tudo o que rolou em uma das maiores paradas LGBT do mundo.
Segundo a organização, cerca de 3 milhões de pessoas estavam presentes no evento, que contou com um show de resistência perante ao momento conturbado político que estamos vivendo em relação aos direitos LGBT, mesmo com a criminalização da homofobia pelo STF neste mês.
Casamento coletivo
Antes do início da parada, ocorreu em um coworking perto da Av. Paulista um casamento coletivo de quatro casais foram selecionados através de uma ação em um site entre as startups Popspaces e The Next H para este momento inesquecível. Logo em seguida, os recém-casadxs subiram no trio de abertura da Parada para celebrarem a união. Não é fofo?
Os trios
19 trios passaram pela Av. Paulista no domingo, entre eles os dos patrocinadores como Burguer King, Avon, Amstel e Uber, que trouxeram diversos artistas em seus respectivos trios. Mas antes de falarmos dos trios das empresas, que trouxeram os artistas, vamos falar dos dois trios que o OA teve acesso durante a parada.
O primeiro foi o da Casa Florescer, uma ONG que atende transexuais e travestis em situações de rua e de risco 24 horas por dia.
Para o Alberto, um dos funcionários da casa, o fato de ter estado na Parada foi importante pois é onde praticamos a equidade. Em funcionamento há três anos e quatro meses, a Casa Florescer já atendeu 282 travestis e transexuais, sendo 89 hoje já tem a sua autonomia. No espaço, as travestis e trans abrigadxs recebem acessos a saúde, educação, cultura, esportes, meio ambiente, lazer, assistência social, trabalho e moradia.
Logo após, o OA acessou o trio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo. Este foi um dos cinco trios que a Prefeitura de São Paulo teve na Parada.
Falando da Prefeitura, o prefeito da cidade Bruno Covas cutucou o atual governo pelo episódio do comercial do Banco do Brasil: “É muito triste a gente ver casos como a demissão de diretor de banco que contrata atores e atrizes da comunidade LGBT para fazer comercial”. “Que isso não seja uma política do governo.” – disse o prefeito ao Jornal Folha de São Paulo.
Após o trios da Prefeitura de São Paulo, vieram os trios dos patrocinadores (Amstel, Avon, Uber e Burger King).
Vamos começar pelo do Burger King, que contou com a participação da ex-Spice Girl Mel C, que agitou a Av. Paulista com os hits da girl band dos anos 90.
O OA esteve no trio da Uber, que contou com shows de Mateus Carrillho, Candy Mel, Lia Clark, Triz, Jaloo, Karol Conka, Mulher Pepita e Aline Rosa.
O OA também ganhou um beijinho da Bruna Lindmeyer, que também estava no trio.
Já o trio da Avon contou com a Gloria Groove, Aretuza Lovi, Luísa Sonza, Pocah, a ex-Mc Pocahontas.
Durante a apresentação, Luísa Sonza discursou em agradecimento ao público e mandou um discurso merecidamente contra o atual presidente. “Vocês apoiaram minha carreira e eu devo tudo a vocês. Tudo que eu puder fazer com a minha voz para ajudar todos vocês, para nos ajudar, por que estamos juntos nessa, eu vou fazer. Amo vocês, se divirtam, usem camisinha e viva o amor, caralho, e ‘ele não’” – disse a cantora.
Também ouve um momento de desconforto no trio da Avon. A Aretuza Lovi, após iniciar o seu show, teve que encera-lo rapidamente a pedido da produção, sem uma justificativa plausível. A cantora, assim como todos nós, ficou irritada, ainda mais com uma marca que promove a diversidade acabar fazendo isso, conforme disse a Aretuza. Conforme dito nos stories, o OA está do lado da cantora e aguarda um esclarecimento da Avon perante ao assunto.
Público
O que já era de se esperar, o público arrasou em seus looks todos coloridos e ainda com as mensagens de protesto ao atual presidente (e com toda razão).