A atriz Rany Hilston ficou conhecida do público de Teatro Musical, no eixo Rio-São Paulo, ao integrar o elenco de “A Pequena Loja dos Horrores” (2018), dando vida a personagem Chiffon, uma das musas e narradoras do espetáculo. Logo após, entre seus trabalhos está a participação no elenco de “70 doc. Musical”, produzido pela Brain+, com temporada no Rio de Janeiro e São Paulo.
Hoje, a artista integra o elenco de Tina El Musical, um musical de Tina Turner, em Madrid, com grande sucesso de público.
Conversamos um pouco com a atriz para saber como foi a vida artística durante a pandemia, como está atualmente e planos para o futuro. Confira!
Oniverso Abominável: Como você lidou com todo esse período de pandemia, em relação a preparação para voltar a atuar, assim que fosse permitido?
Rany Hilston: Passei a quarentena estudando muito espanhol, canto e fazendo muita yoga para me ajudar na concentração. Algo me dizia que eu passaria se me dedicasse ao máximo. Então foi isso que eu fiz.
OA: Conte um pouco sobre a mudança de planos, quanto ao adiamento de Charlie, até a mudança para a Espanha.
RH: Morar na Europa sempre foi um sonho e em 2020 estava mais perto que nunca. Mesmo se não houvesse a audição do Musical da Tina no Brasil, já tinha planos de me mudar no final de 2020. O adiamento do Charlie foi um sinal divino que naquele momento não entendi, então fiquei muito preocupada e me joguei de vez na publicidade para trabalhar como atriz e modelo (porque nesse momento só havia trabalhos nessa área). Enquanto trabalhava com publicidade, estava muito dedicada aos meus estudos e me preparando para estar pronta para qualquer audição. As audições voltaram em janeiro de 2021, e em abril me ligaram para contar a novidade. Fiquei em choque por uma semana e comecei a preparar minha mudança.
OA: Como é, para você, atuar em outro país, para contar a história de uma figura tão importante, como é Tina Turner?
RH: É tão incrível que sempre que piso no palco eu agradeço pela oportunidade. Mesmo não falando perfeitamente o idioma, nos entendemos muito bem e sempre estamos nos ajudando.
Me sinto muito honrada de poder fazer parte disso, porque Tina é uma referência pra mim e para minhas inspirações, então sempre que eu lembro que hoje eu faço parte da história dela, me derreto de emoção.
OA: Como você enxerga a importância do papel do Teatro para a retomada das atividades culturais no mundo?
RH: O teatro ajuda muitas pessoas em vários níveis didáticos e emocionais. Então ele precisa ser destacado por isso, o teatro salva vidas, a importância dele é legítima.
OA: Hoje, você atua em “Tina”, mas há algum outro espetáculo sobre outra personalidade que você gostaria de homenagear no palco?
RH: Estou esperando alguém criar o musical da Aretha Franklin, mas enquanto ele não fica pronto: Elza Soares, Nina Simone , Donna Summer, Ivone Lara e em breve Alcione, são nomes de mulheres que me inspiram e que seria uma honra inimaginável poder fazer parte do elenco.
“Tina, El Musical” está em cartaz no Teatro Coliseum, em Madrid.