Teatro

Resenha: As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão

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O espetáculo musical As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão reestreou recentemente, de maneira presencial, no Teatro Tuca e nós fomos conferir.

Inspirada nas mulheres que se envolviam no Cangaço, a fábula acompanha a história desse grupo, que, não querendo mais a dominação por parte dos homens, acaba por se rebelar e fazer sua própria justiça.

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O fio condutor da trama é a personagem Serena (vivida de maneira quase visceral por Amanda Acosta), que, após ter seu próprio filho tirado de seus braços momentos depois de dar à luz, foge do bando liderado por Taturano (Marco França), em busca de seu menino. Pelo caminho, ela se depara com outras mulheres, com histórias tão dramáticas quanto a dela, formando seu próprio grupo de justiceiras.

O espetáculo traz muito da força da mulher, muito bem representada pelas mega talentosas e premiadas atrizes Amanda Acosta, Vera Zimmermann, Carol Badra, Luciana Lyra, Rebeca Jamir, Carol Costa e Badu Morais, que juntas, trazem a mensagem clara de que, por pior que seja a situação em que a mulher está inserida, ela pode sim se mover e mudar sua própria vida.

(Priscila Prade/Divulgação)

Amanda Acosta é um show à parte, encenando de forma sensível a luta de uma mãe em busca de seu filho. O reencontro, na cena final, arranca lágrimas e suspiros!

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Já a premiada atriz Carol Costa, aparece mais uma vez em uma personagem única, que nada faz lembrar suas atuações anteriores. Certamente é uma estrela que veio para ficar!

Com letras emocionantes, assinadas por Newton Moreno e melodias da consagrada diretora musical Fernanda Maia (vencedora do Prêmio Bibi Ferreira 2021 por “Chaves – Um Tributo Musical), o espetáculo é a perfeita junção entre atuações excelentes e canções com importantes mensagens.

O elenco masculino fica por conta de: Marco França, Jessé Scarpellini, Marcelo Boffat, Milton Filho, Pedro Arrais e Eduardo Leão.

(Priscila Prade/Divulgação)

Com direção de Sérgio Módena e produção de Velloni Produções, o musical conta com cenário que se movimenta junto com os atores, que por vezes acabam interagindo com os elementos nele presentes, criando ainda mais dinamismo para as cenas.

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Vale destacar que o espetáculo também conta com personagens cômicos, dentro desse contexto tão sério e importante: Zaroia, vivida por Luciana Ramanzini, traz a leveza ideal para os momentos mais tensos da história, fazendo o espectador rir até mesmo com assuntos mais reflexivos; Promessinha, vivido por Milton Filho, é um dos companheiros mais fiéis de Taturano e segue à risca o que o patrão ordena, mas de maneira um tanto desastrada, o que pode fazer sua função na trama ficar menos pesada e o espectador pode até sentir um carinho por ele; Volante, vivido por Pedro Arrais, é um cangaceiro um tanto mercenário, que ama anéis e tudo o que for de ouro, e que prioriza sempre ser o destaque em tudo o que acontece, sobretudo assuntos nos quais ele sequer está envolvido, que nega sempre ser um cangaceiro, embora todos saibam e digam que ele é. Suas falas também divertem por ele se sentir um pouco informante de tudo o que acontece nos arredores, sendo uma espécie de jornalista do Cangaço. Impossível não se contagiar com seu solo!

(Priscila Prade/Divulgação)

As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão é um grito de liberdade e fé, que emociona, fazendo refletir.

Serviço:

As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão
Teatro TUCA – Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes
Temporada: de 16 de outubro a 12 de dezembro de 2021.
Horários: sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h
Ingressos: R$ 100 
Telefone Bilheteria: (11) 3670-8455
Duração: 120 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 115 lugares

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Nicole Gomez
Formada em Rádio e TV, sou uma apaixonada por Teatro Musical e acredito que a Cultura pode mudar vidas.

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