Após adiamento, o The Killers lançou nesta sexta (21) o aguardado álbum “Imploding The Mirage”, com 12 faixas.
Gravado em estúdios nas cidades de Utah, Las Vegas e Los Angeles, o álbum traz uma sonoridade especial e fala sobre amor eterno, perseverança e a importância das relações entre amigos e familiares. As 12 músicas presentes no repertório deixam claro uma felicidade explícita do atual momento de cada integrante. O vocalista Brandon Flowers, por exemplo, se mudou com a esposa para Park City, em Utah, uma região próxima às montanhas, onde ele conseguiu se reconectar com suas emoções e sentimentos mais profundos, de uma maneira que não fazia há anos.
“Neste disco, eu tive este tipo de magia, este tipo de experiência, na qual a gente vibrava e ficava arrepiado no estúdio enquanto escutávamos nossas novas músicas. Há momentos em que você realmente confia no universo e sei que sou sortudo por ter tido vários momentos assim”, diz o cantor.
A inspiração artística para a capa de “Imploding The Mirage” veio através de uma pintura de Thomas Backshear, chamada “Dance of the Wind and Storm”, na qual se vê um homem guiando uma mulher em direção ao abismo celestial.
“Eu me tornei um grande admirador das paisagens ocidentais na arte. Eu pude ver a minha própria história, tudo o que eu estava vivendo e quis seguir com essa ideia de ser a capa do álbum. Acabamos fazendo algo que nunca tínhamos feito”, revela Flowers.
O novo disco é o sexto da carreira da banda e já é o que contém o maior número de colaborações. Brandon Flowers, o baterista Ronnie Vannucci Jr. e o multi-instrumentista Mark Stoermer fizeram a maior parte das composições e, diferente de projetos passados, o trio contou ainda com Shawn Everett e Jonathan Redo, parceiros-chave de produção. Os dois pressionaram a banda a se expandir além da visão de um álbum baseado em sintetizador.
“Foi diferente e um tanto deliciosamente desconfortável. Nós meio que nos libertamos de muitos bloqueios e da bagagem que tínhamos anteriormente. As coisas ficaram realmente interessantes de uma forma muito agradável”, explicou Vannucci Jr.
Para Flowers, a presença de Everett e Redo foi crucial. “Foi como se uma nova estrada, um novo caminho tivesse surgido. Não sabíamos que estávamos procurando por eles. Pensamos em passar alguns dias escrevendo com eles. Nós nem pensamos sobre eles serem uma equipe de produção ou algo assim. Nós simplesmente gostamos muito desse encontro”, disse o vocalista.
O disco ainda conta com as colaborações de nomes como Lindsey Buckingham, kd lang, Weyes Blood, Adam Granduciel (War On Drugs), Blake Mills e Lucius. Durante anos, o The Killers foi mais fechado para a presença de colaboradores externos, admitiu o baterista. Com o tempo, ele e Brandon Flowers entenderam que trabalhar com amigos e outros músicos não é apenas desejável, mas necessário.
“Eu amo essa espontaneidade e aquela atmosfera quase comunitária onde todos nós estamos apenas tentando chegar ao topo da montanha. À medida que vou ficando mais velho, estou mais aberto às contribuições de outras pessoas e é emocionante ver o que elas podem trazer”, finalizou o líder da banda.