By Um dos grandes nomes da música nacional, Aldir Blanc morreu hoje (04) aos 73 anos por conta do coronavírus.
O cantor estava internado desde o dia 15 de abril no Hospital Universitário Pedro Ernesto em Vila Izabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, após uma campanha de amigos e artistas para conseguir um leito na rede pública.
Nascido no Rio de Janeiro, Aldir Blanc Mendes chegou a realizar na faculdade de medicina, se especializando em psiquiatria. Porém seu amor pela música falou mais alto e se dedicando somente a ela a partir de 1973.
Ao lado de João Bosco, compôs diversas canções famosas como “Bala com Bala”, “O Mestre-Sala dos Mares”, “De Frente Pro Crime” e “Caça à Raposa” e “O Bêbado e a Equilibrista”, que ficou famosa na voz de Elis Regina.
Nas redes sociais, João Bosco disse que a sua carreira não existiria se não fosse pelo Aldir.
“Peço desculpas aos que têm me procurado hoje. Não tenho condições de falar. Aldir foi mais do que um amigo pra mim. Ele se confunde com a minha própria vida. A cada show, cada canção, em cada cidade, era ele que falava em mim. Mesmo quando estivemos afastados, ele esteve comigo. E quando nos reaproximamos foi como se tivéssemos apenas nos despedido na madrugada anterior. Desde então, voltamos a nos falar ininterruptamente. Ele com aquele humor divino. Sempre apaixonado pelos netos. Ele médico, eu hipocondríaco. Fomos amigos novos e antigos. Mas sobretudo eternos. Não existe João sem Aldir. Felizmente nossas canções estão aí para nos sobreviver. E como sempre ele falará em mim, estará vivo em mim, a cada vez que eu cantá-las. Hoje é um dos dias mais difíceis da minha vida. Meu coração está com Mari, companheira de Aldir, com seus filhos e netos. Perco o maior amigo, mas ganho, nesse mar de tristeza, uma razão pra viver: quero cantar nossas canções até onde eu tiver forças. Uma pessoa só morre quando morre a testemunha. E eu estou aqui pra fazer o espírito do Aldir viver. Eu e todos os brasileiros e brasileiras tocados por seu gênio.”
