Uma mistura de ritmos pode dar certo, mas no caso do Poesia Acústica 7 fica a critério do leitor achar isso. Hoje foi lançado a música “Céu Azul”, que na minha humilde opinião, o problema não está na mistura dos ritmos, mas na falta de sincronia que há entre a parte cantada pelos cantores. Vamos analisar por partes:
Com a paisagem do Rio de Janeiro ao fundo, o clipe começa com Hariel apresentando o grupo e falando que não sabe fazer poesia (tsc). Logo em seguida, é a vez da Negra Li com a sua crítica social e usando como refrão a letra da música. Destaque para parte que a cantora se refere aos 80 tiros que foram alvejados contra o carro do músico Evaldo Rosa em maio deste ano em Guadalupe, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Negra Li representa o rap com categoria (na minha humilde opinião, é a melhor parte).
Ducon entra em seguida com o seu rap relacionado com a poesia e passa o vocal para Kevin o Chris. O cantor que é sucesso com seus funks do Baile da Gaiola fez um versão com todas as suas músicas, ficou bem, porém nada a ver.
Mutuê e DK também são destaques no clipe, o reggae se mistura com o trap e faz um som romantico e sonhador, é possível entender a mensagem que eles passam, mas deixa a música ainda mais sem contexto.
Pra encerrar, vem o Vitão que dá um tom erótico a música com os seus versos “To tipo Don Juan / Com dor de cabeça / Só se for na de baixo / De tanto comer a sua…”. O jovem quis se inspirar em tom à lá The Weeknd, mas fica sem funcionar numa música que não tem o objetivo de falar o que é.
Poxa Poesia Acústica, esperava mais desse encontro, assim como esperava do feat (ou flop) do ano da Coca-Cola no ano passada (aquele da votação e que no final acabou ganhando o Luan Santana, Pabllo Vittar e Simone & Simaria).