Anteontem o Brasil perdeu Beth Carvalho. Com 72 anos de idade e mais de 50 de carreira, a madrinha do samba é a nossa homenageada na estreia do quadro #TBTOA.
Nascida no dia 05 de maio de 1946, Elizabeth Santos Leal de Carvalho começou a cantar em festinhas e pequenas rodas de samba no início dos anos 60.
Em 1965, lança o seu primeiro compacto (o que é hoje chamado de single) com a música “Por quem morreu de amor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. No ano seguinte, tava participando do show “A Hora e a Vez do Samba”, junto com Nelson Sargento e Noca da Portela.
Ainda nos anos 60, participou de festivais como Festival Internacional da Canção (FIC), Festival Universitário, Brasil Canta no Rio, entre outros. Mas é com o 3° lugar conquistado no FIC que Beth se torna conhecida do grande público. A canção que fez ter essa proeza foi “Andança”, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi (que também se tornou o nome do seu primeiro álbum).
Entre 1973 e 1988, lançou um LP por ano, resgatando e lançando novos compositores do samba e fazendo assim com que fosse conhecida como madrinha do samba.
Beth era engajada com a política, chegando a apoiar o movimento Diretas Já e as eleições de Lula e de Dilma Rousseff.
Apesar de sofrer com problemas de saúde há algum tempo, Beth nunca largou os palcos. Mesmo após quase um ano internado entre 2012 e 2013, a madrinha do samba retornou aos palcos logo em seguida, chegando a apresentar deitada em uma cama ano passado. Inclusive, a sambista tinha um show marcado para o próximo domingo, 5 de maio, dia do seu aniversário.
Durante a sua carreira, Beth chegou a conquistar dois Grammys Latino, o primeiro em 2009 pelo conjunto de sua carreira e o segundo em 2011 com o “Nosso Samba Tá Na Rua” na categoria “Melhor Samba”.
Beth é, foi, e sempre será a nossa maior referência como sambista. Foi uma das pioneiras no gênero a quebrar barreiras e enfrentar o machismo que imperava na época. Fica aqui a homenagem da Equipe OA.