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Crítica – ‘Beleza Fatal’ chega mostrando o que é uma novela empolgante e com elenco de nome

Beleza Fatal Camila Queiroz Camila Pitanga Giovanna Antonelli
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Na próxima segunda (27/01), depois de alguns adiamentos, estreia “Beleza Fatal”, a grande aposta da MAX no gênero de novelas. O OA teve acesso aos 10 primeiros capítulos da produção e conta os principais detalhes.

A trama gira em torno da Sofia (Camila Queiroz), que após um incêndio na casa no interior onde morava com a sua mãe Cléo (Vanessa Giácomo), se veem obrigadas a ir para a casa da sua prima, a ambiciosa Lola (Camila Pitanga). 

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Porém, tudo muda quando Lola mata o seu marido e pede para Cléo assumir a culpa em seu lugar, prometendo que seria melhor e que cuidaria do futuro da Sofia. O que na realidade acaba sendo o inverso: larga a Cléo de mão e tira a Sofia da escola e a obriga a trabalhar em casa.

A morte do marido de Lola acontece após ele saber que ela está envolvida no caso da Rebeca (Fernanda Marques), que resolve fazer um procedimento estético com Benjamin (Caio Blat) e Rog, vulgo Dr. Peitão (Marcelo Serrado), que ainda joga o corpo da jovem numa piscina abandonada. Rebeca é filha do casal Elvira (Giovanna Antonelli) e Lino (Augusto Madeira), que fazem diversas picaretagens para a família não ficar na pior. Porém, a vida deles muda com a Rebeca internada precisando de um transplante de coração para sobreviver, no qual o Lino chega até a sequestrar um hospital para chamar a atenção da mídia e fazer com que o transplante ocorra o mais rápido possível. Porém, a intenção não dá certo devido a uma intervenção do “Dr. Peitão” e a Rebeca morre. Nisso, entra Sofia, que é adotada pela família após entregar o celular da Rebeca e a morte da sua mãe Cléo em uma rebelião. 

Anos mais tarde, a bem-sucedida Lola, agora casada com Benjamin após uma chantagem, é uma empresária no ramo de cosméticos, enquanto a Sofia, agora já interpretada pela Camila Queiroz, busca se vingar da morte da Cleo, mesmo a sua mãe adotiva Elvira não apoiando a ideia.

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Escrita por Raphael Montes (de “Bom Dia Verônica”), a novela chega após adiamentos e mudanças no elenco por conta disso. Mesmo assim, ainda fecha com elenco praticamente de atores que se destacaram na Globo. O que, diga-se de passagem, é muito bom e o que falta nas novelas atuais da emissora carioca: rostos conhecidos para atrair a audiência.

E desse elenco, vale destacar o trio de protagonistas. Camila Pitanga volta às novelas, após quase oito anos afastada do gênero, em um papel que lembra muito a da Bebel de “Paraíso Tropical”, com direito a falar até os bordões da personagem, como “cueca maneira” e o meme “casamento primaveril em pleno outono”. Fica a dúvida se essas falas foram uma “brecha” que a atriz colocou no texto ou se foi escrito pelo Raphael Montes em uma forma de homenagem, já que o próprio autor declarou ser um “noveleiro nato”.

Camila Queiroz faz uma Sofia a sua altura, em que alguns momentos chega a lembrar a inesquecível “Angel” de “Verdades Secretas”, só que diferente da personagem de Walcyr Carrasco, a Sofia procura vingança o tempo inteiro. 

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Já a Giovanna Antonelli traz na sua Elvira a sua experiência bem sucedida na comédia, o que dá o tom certo na personagem, que é um equilíbrio entre o drama e a comédia. A sua dobradinha com o Augusto Madeira, que é conhecido pelos seus papeis cômicos na TV e no cinema, dá um resultado de um casal bem divertido e que fazem de tudo pra conseguir o que querem.

Vale também o destaque ao Marcelo Serrado, que volta a um papel de vilão em que o ator faz muito bem, Murilo Rosa, Romaní, Herson Capri e ao Caio Blat, que também é assistente de direção da novela.

Quem for assistir a trama, verá situações de vingança que remeteram a tramas de João Emanuel Carneiro, como “Avenida Brasil” e “A Regra do Jogo”, no qual o Raphael foi colaborador. A aposta acaba sendo o “mais do mesmo” que tem tudo para dar certo, já que uma história de vingança bem construída atrai o público. E a trama consegue ter isso, começando por uma primeira fase que apresenta bem os personagens ao público e uma segunda fase bem promissora. Sem contar que a trama conta com a supervisão de texto de Silvio de Abreu, seu primeiro trabalho fora da Globo após anos na emissora. 

Um ponto que chama a atenção é que a trama é praticamente todas as cenas externas foram gravadas em São Paulo e a história ambientada no Rio de Janeiro. Apesar de ser uma tendência do audiovisual, esse ponto fica a desejar na história, pois em certos momentos, há detalhes que são característicos de SP que aparecem no vídeo. Ao mesmo tempo, “Beleza Fatal” poderia ser uma história em que daria pra ser tranquilamente ambientada em SP, ainda mais tendo como supervisor um autor que é a cara das tramas paulistanas. 

“Beleza Fatal” chega com um grande desafio: ser a primeira novela totalmente pensada para streaming e uma obra fechada, o que a audiência brasileira não curte muito. Lembrando que, apesar de ir primeiramente no Globoplay, “Todas as Flores” foi pensada inicialmente para o horário das 21h na TV Globo e “Pedaços de Mim”, da Netflix, foi nomeada como “série de melodrama”, apesar de ter ganho o Troféu APCA de “Melhor Novela” de 2024.

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