By Ícone da televisão brasileira e do jornalismo esportivo, o apresentador Léo Batista morreu neste domingo (19) aos 92 anos, treze dias após dar entrada no Hospital Rios D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, com um quadro de desidratação e dor abdominal causado por um tumor no pâncreas.
Desde o início da internação, Léo esteve na UTI em estado delicado. O jornal Folha do Leste noticiou na última quinta-feira que houve uma piora no quadro clínico do jornalista no início da semana passada.
Foram quase oito décadas de carreira, sendo 50 só na TV Globo. Consagrado como a voz marcante da televisão brasileira, a história de Léo Batista confunde-se com a história da comunicação, e porque não, do Brasil. Pela Rádio Globo, foi o primeiro a informar o suicídio do então presidente Getúlio Vargas, em 1954. Quarenta anos depois, na TV, anunciou ao lado de Roberto Cabrini a morte do piloto Ayrton Senna. Na Globo, foi um dos primeiros apresentadores do Jornal Hoje, em 1971, e do Fantástico, em 1973, onde faria fama com o bloco esportivo da atração, batizada como “Os Gols do Fantástico”. Em 1977, apresentou o “Copa Brasil”, programa que seria embrião do “Globo Esporte” no ano seguinte. Além do esporte, também narrou outros eventos, como desenhos animados e o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Nascido João Baptista Bellinaso Neto em 1932, começou a carreira de forma improvisada num canto da casa em que vivia em Cordeirópolis, interior de São Paulo, onde nasceu. Também trabalhou em Piracicaba antes de chegar ao Rio de Janeiro, em 1952, para trabalhar na Rádio Globo. Por lá, o jornalista Luiz Mendes sugeriu uma mudança no nome do então novato: Bellinaso Neto deu lugar a Léo Batista.
O corpo do apresentador foi velado nesta segunda-feira na sede do Botafogo, clube do coração de Léo, em General Severiano. O enterro, restrito a familiares, será nesta terça.
